Acervos do Mês – Outubro

Os “Acervos do mês de outubro” também possuem sua versão ampliada em podcast que você pode ouvir aqui .

Retrato de Alice P. Canabrava
Arquivo IEB – USP
Fundo Alice P. Canabrava

Alice P. Canabrava
Araras – SP em 22/10/1911

Historiadora e economista, defendeu, em 1942, sua tese de doutoramento “O comércio português no Rio da Prata, 1580–1640”. A livre-docência foi obtida no concurso para a cátedra de História da América com a tese “A indústria do açúcar nas ilhas inglesas e francesas do mar das Antilhas, 1697–1755” . No ano de 1946, ingressou no recém-fundado Instituto de Administração da Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da USP (atual Faculdade de Economia e Administração). No seu concurso para professora catedrática de História econômica geral e formação econômica do Brasil, em 1951, apresentou a tese “O desenvolvimento da cultura do algodão na Província de São Paulo, 1861–1875” . Foi diretora desta faculdade entre 1954–1957. Também fundadora da Associação Nacional dos Professores Universitários de História (ANPUH), em 1961, e responsável pela criação da Revista Brasileira de História durante sua presidência da entidade, em 1981. Tornou-se Professora Emérita da USP em 1985, continuando seus projetos de pesquisa histórica mesmo após sua aposentadoria, em 1981.

Fundo Alice P. Canabrava
Catálogo disponível para consulta aqui e coleção bibliográfica disponível para consulta aqui.

Presente também nos fundos e coleções:
Alfredo Ellis Jr. (Biblioteca), Caio Prado Jr. (Arquivo e Biblioteca), Coleção Geral (Biblioteca). Fundo IEB (Arquivo), Gilda de Mello e Souza (Arquivo), Lupe Cotrim Garaude (Arquivo), Manuel Correia de Andrade (Arquivo) e Pierre Monbeig (Arquivo e Biblioteca).

Se interessou e gostaria de saber mais?
Escute também o episódio 17 do nosso podcast intitulado O Fundo Alice Piffer Canabrava do IEB/USP, por Otávio Erbereli Júnior, disponível aqui. 

Arquivo IEB – USP Fundo Graciliano Ramos

Graciliano Ramos
Quebrangulo – AL em 27/10/1892

Escritor, memorialista, crítico e jornalista, viveu, entre 1892 e 1910, acompanhando a família em diferentes cidades de Pernambuco e Alagoas, fixando-se finalmente em Palmeira dos Índios, cidade que será o cenário de “Caetés”, seu primeiro romance escrito entre 1925 e 1926. Como jornalista, atuou no Rio de Janeiro em 1914 e, a partir de 1915, em Alagoas. Exerceu diversas atividades políticas, como a de prefeito em Palmeira dos Índios em 1928 e a de diretor da Imprensa Oficial de Alagoas até 1931. Atuou na área da educação como professor e diretor da Instrução Pública de Alagoas de 1932 a 1936 quando, por motivos políticos, foi demitido e preso, sendo enviado a Pernambuco e, posteriormente, ao Rio de Janeiro. Filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro em 1945 e presidiu a Associação Brasileira de Escritores por duas gestões consecutivas, a partir de 1951, ano em que também realizou o IV Congresso Brasileiro de Escritores, em Porto Alegre. Escreveu romances fundamentais na literatura brasileira, destacando-se “Vidas secas”, “Memórias do cárcere” e “Angústia”. Suas obras foram traduzidas para 24 idiomas e publicadas em mais de trinta países.

Fundo Graciliano Ramos
Catálogo disponível para consulta aqui e coleção bibliográfica disponível para consulta aqui.

Presente também nos fundos e coleções:
Antonio Candido (Arquivo), Aracy Abreu Amaral (Arquivo), Aracy de Carvalho Guimarães Rosa (Arquivo), Caio Prado Jr. (Arquivo), Coleção Geral (Biblioteca), Ernani Silva Bruno (Arquivo e Biblioteca), José Aderaldo Castello (Biblioteca), João Guimarães Rosa (Arquivo e Biblioteca), Julita Scarano (Biblioteca), Marlise Meyer (Biblioteca) e Nilo Scalzo (Biblioteca)

Se interessou e gostaria de saber mais?
Leia os artigos: Novos Ramos de Graciliano – três inéditos do autor de Vidas secas, por Thiago Mio Salla (disponível aqui), Colóquio Graciliano Ramos: estilo e permanência, pelos Editores (disponível aqui) e Caetés: nossa gente é sem herói, por Erwin Torralbo Gimenez (disponível aqui), publicados na Revista do IEB.

Arquivo IEB – USP, Fundo Mário de Andrade, código de referência: MA-F-1473

Mário de Andrade
São Paulo – SP, 09/10/1893

Escritor plural, Mário Raul de Morais Andrade é um dos nomes mais destacados da literatura e da cultura brasileira do século XX. Do pai, contador, recebeu o gosto pela leitura. Em 1911, depois de estudar piano em casa com a mãe e a tia, entrou no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, onde deu aulas do instrumento a partir de 1913 e lecionou também Estética e História da Música de 1922 em diante. Poeta, seu primeiro livro, “Há uma gota de sangue em cada poema”, de 1917, busca a renovação, que culmina na participação da Semana de Arte Moderna, em 1922, ano em que lançou “Paulicéia desvairada”.  Publicou, em vida, entre outros, “Amar, verbo intransitivo: idílio”, “Macunaíma, o herói sem nenhum caráter”, rapsódia, prosa experimental, clímax no modernismo em 1928 e “Belazarte” (1934). Deixou inéditos dois romances e “Contos novos” (1947). Cronista e crítico, fez-se presente nos principais periódicos culturais do país, suas crônicas estão reunidas em “Os filhos da Candinha” (1943). Ensaísta, transitou por muitas áreas – literatura, música, estética, artes plásticas, folclore -, publicando diversos livros como “A escrava que não é Isaura” (1926) e “Aspectos da literatura brasileira” (1943). Viajante, escreveu os diários do “Turista Aprendiz” e pesquisou o rico folclore brasileiro. Fotógrafo moderno, restringiu suas imagens ao período 1927-1932. Correspondente fecundo, dialogou com os nomes mais significativos do campo cultural de seu tempo. Além disso, formou uma coleção de arte representativa do modernismo. Dirigiu o Departamento de Cultura do município de São Paulo (1935-1938), onde planejou a Biblioteca Municipal, implantou a Discoteca Pública e os parques infantis e enviou ao nordeste a missão de pesquisas folclóricas, também criou, ao lado de Rodrigo Melo Franco de Andrade, o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1936. Vivendo no Rio de Janeiro, de 1938 a 1941, foi professor de Filosofia e História da Arte no Instituto de Artes da Universidade do Distrito Federal e trabalhou no Instituto Nacional do Livro.

Fundo Mário de Andrade
Catálogo disponível para consulta aqui e coleção bibliográfica disponível para consulta aqui.

Presente também nos fundos e coleções:
Antonio Candido (Arquivo), Anita Malfatti (Arquivo), Aracy Abreu Amaral (Arquivo), Carlos Alberto Passos (Biblioteca), Coleção Geral (Biblioteca), Gilda de Mello e Souza (Arquivo), Guimarães Rosa (Biblioteca), José Aderaldo Castello (Biblioteca) e Yan de Almeida Prado (Biblioteca). 

Se interessou e gostaria de saber mais?
Assista o filme A Casa do Mário (2013), disponível aqui. Leia o artigo Mário de Andrade leitor e escritor: uma abordagem de sua biblioteca e de sua marginália, por Telê Ancona Lopez, publicado na Revista Escritos nº 5, disponível aqui. Escute também os episódios do nosso podcast:
– A série Arvoreta: narradores da obra de Mário de Andrade, por Silvia de Ambrosis Pinheiro Machado, Tobias Gehrts de A. P. Machado, Tyfani Mateus de Arantes e Roberta Miranda (disponíveis aqui: parte 1, parte 2 e parte 3);
– O episódio O Fundo Mário de Andrade por meio de seu “Fichário Analítico”, por Karoliny Borges e Marco A. Teixeira Junior, disponível aqui;
– O episódio A coleção de cardápios de Mário de Andrade (1915-1940), por Paula de Oliveira Feliciano, disponível aqui;
– O episódio A amizade entre Anita Malfatti e Mário de Andrade, por Denise de Almeida, Elisabete Marin Ribas e Paulo Jose de Moura, disponível aqui;
– A série Vadeia Coco com Mário de Andrade e Luiz Carlos Laranjeiras, por Luiz Carlos Laranjeiras (disponíveis aqui: parte 1, parte 2, parte 3 e parte 4);
– O episódio As comemorações do Cinquentenário da Abolição planejadas por Mário de Andrade, por Angela T. Grillo, disponível aqui;
– O episódio Viola quebrada, uma canção de Mário de Andrade, por Flávia Camargo Toni, disponível aqui.

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