Um conto de dois arquivos: João Guimarães Rosa no Instituto de Estudos Brasileiros e o Harry Ransom Center

Na história da recepção de literatura brasileira nos Estados Unidos, cabem algumas considerações críticas acerca da tradução do romance Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa. Publicado em inglês em 1963, foi mornamente recebido pela crítica e falhou em captar a atenção do público leitor. Eis a grande questão: por quê? O livro foi traduzido por James L. Taylor e Harriet De Onís. Taylor, lexicógrafo de português na Universidade de Stanford, tinha acabado de traduzir Gabriela, cravo e canela, de Jorge Amado, que se tornou um best-seller. De Onís era tradutora renomada de espanhol. A editora, Alfred A. Knopf, validava a literatura latino-americana nos Estados Unidos. Nesta conferência, o Prof. James Krause irá explorar os vários fatores que influenciaram o processo de tradução, publicação e recepção da obra, à luz de documentos conservados no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo e no Harry Ransom Center.