Formas Fixas e Semi-Fixas da Lírica Brasileira: do Séc. XIX ao início do XX

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Formas fixas (soneto ou balada) e semi-fixas (madrigal ou rondó) estabilizaram-se apoiadas na música e, em muitos casos, na dança. Parte substancial dos moldes da lírica escrita foram estruturas músico-poéticas difundidas através da oralidade, a partir de meios total ou parcialmente livres da impressão em papel. Migrando paulatinamente para a escrita, estas formas preservam a herança músico-coreográfica em suas complexas organizações rítmicas, paralelísticas, rímicas e estróficas. Tratados de versificação, manuais de poética, dicionários literários e estudos descrevem em detalhes a estrutura e o assunto adequados aos moldes europeus. O Brasil, entretanto, no mínimo desde o século XIX, ampliou o número de formatos do acervo lírico. Formas nacionais como lundu e coco também sujeitas ao trânsito da estrutura músico-poética-oral para a poética-escrita pouco foram estudadas em suas morfologias e temas definidores. O objetivo deste projeto é, portanto, localizar, descrever, discutir e antologizar moldes criados na lírica brasileira, revelando, portanto, a medida de sua contribuição original para o gênero lírico.

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Pedro Marques Neto (Pós-Doutorado)