Graciliano Ramos

(Quebrangulo, AL, 1892 – Rio de Janeiro, RJ, 1953)

| BIOGRAFIA |
Escritor, memorialista, crítico e jornalista, viveu, entre 1892 e 1910, acompanhando a família em diferentes cidades de Pernambuco e Alagoas, fixando-se finalmente em Palmeira dos Índios, cidade que será o cenário de Caetés, seu primeiro romance escrito entre 1925 e 1926. Como jornalista, atuou no Rio de Janeiro em 1914 e, a partir de 1915, em Alagoas. Exerceu diversas atividades políticas, como a de prefeito em Palmeira dos Índios em 1928 e a de diretor da Imprensa Oficial de Alagoas até 1931. Atuou na área da educação como professor e diretor da Instrução Pública de Alagoas de 1932 a 1936 quando, por motivos políticos, foi demitido e preso, sendo enviado a Pernambuco e, posteriormente, ao Rio de Janeiro. Filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro em 1945. Presidiu a Associação Brasileira de Escritores por duas gestões consecutivas, a partir de 1951, ano em que também realizou o IV Congresso Brasileiro de Escritores, em Porto Alegre. Escreveu obras literárias fundamentais na literatura brasileira, destacando-se Vidas secas , Memórias do cárcere e Angústia . Suas obras foram traduzidas para 24 idiomas e publicadas em mais de trinta países.

PERCURSO
Doado por Dona Heloísa Ramos, viúva do titular, em 11 de outubro de 1980 e 17 de março de 1994.

CONTEÚDO DO ACERVO

Arquivo
SIGLA: BR USP/IEB GR
Manuscritos de grande parte da obra ficcional do autor: romances, contos, literatura infantil, historiografia, memorialística, crônica – além de discursos, conferências, reflexões sobre a literatura brasileira e crítica. Trata-se de documentação imprescindível para acompanhar a trajetória do escritor no momento de criação, bem como para o estabelecimento de textos de Graciliano Ramos fidedignos e de estudos em geral. Completa a série de manuscritos, a série de recortes da produção jornalística, a partir das primeiras publicações em periódicos de Alagoas e do Rio de Janeiro.

Iniciada pelo titular e cuidadosamente completada por Heloísa Ramos, a parcela de recortes sobre o autor e sua obra é vasta e generosa. Engloba, em mais de duzentas pastas, quase a totalidade da fortuna crítica de Graciliano Ramos, acompanhando inclusive a filmografia baseada em suas obras, além de “dossiê” do centenário de nascimento (1992). A documentação pessoal, a correspondência e as fotos esclarecem vida, atividade profissional, relações e atuação estimulante junto aos seus pares da chamada “geração de 30”. Destaca-se ainda a presença de exemplares de traduções de autores estrangeiros feitas por Graciliano Ramos e de traduções de várias de suas obras para muitos idiomas como o espanhol, o alemão, o francês, o russo, o polonês e o árabe.
QUANTIDADE
Aproximadamente 15 000 documentos
ESTADO DE ORGANIZAÇÃO
Parcialmente processado

Biblioteca
SIGLA: GRA
Primeiras edições de contemporâneos do autor, primeiras leituras de literatura brasileira e estrangeira do jovem Graciliano Ramos e tradução em várias línguas de sua produção literária.
QUANTIDADE
Cerca de 2 000 volumes
ESTADO DE ORGANIZAÇÃO
Parcialmente processado

Coleção de Artes Visuais
SIGLA: GR
Desenhos e gravuras, com destaque para ilustrações executadas para o livro do escritor, Viventes das Alagoas.
QUANTIDADE
16 obras
ESTADO DE ORGANIZAÇÃO
Processado