Profa. Virginia de Almeida Bessa
4ª feira | das 09h às 13h
Aulas online – em razão da pandemia de COVID-19, com expectativa de retorno presencial
quando a situação o permitir.
Vagas Oferecidas : 25 Alunos Regulares USP , 05 Alunos Especiais (aluno sem vínculo com a USP) , 05 Alunos do Programa UPS 60 +
Programa para o 1ºsemestre/2021:
Objetivos
Identificar e problematizar a contribuição italiana ao teatro e à música brasileiros. A disciplina se limitará ao questionamento da cena teatral e musical paulista dos decênios de 30 e 40.
Conteúdo:
Parte I – Teatro
- São Paulo no início do século XX: imigração italiana, transformações urbanas e a gênese de uma “sociedade do espetáculo”
- O tipo italiano no teatro popular musicado
- Ópera e opereta na cidade de São Paulo
- A sceneggiata e a “canção encenada”
- Nino Nello e a comédia de costumes ítalo-brasileira
Parte II – Música
- Os italianos e o mercado da música em São Paulo
- Contribuição italiana à profissionalização dos músicos e à formação de orquestras
- Mário de Andrade versus Armando Belardi: políticas culturais para a música em São Paulo
- Francisco Mignone, o italianismo e a música brasileira.
Método
Aulas expositivas; leituras programadas; análise de documentos (textuais, visuais e sonoros).
Avaliação
Participação de seminários de discussão de textos e/ou documentos; prova individual escrita.
Bibliografia
ANDRADE, Mário de. Música, doce música. São Paulo: Martins, 1976.
BANANÈRE, Juó (Alexandre Marcondes Machado). La divina increnca. São Paulo: Ed. 34, 2001.
BELARDI, Armando. Vocação e arte: memórias de uma vida para a música. São Paulo: Ed. Manon, 1986.
BESSA, Virgínia de Almeida. “A Política do silêncio: Mário de Andrade, o teatro musicado e a presença estrangeira na São Paulo dos anos 1920 e 1930”. Revista de História, 179, 2020, p. 1-33.
_____. Do palco ao disco: música caipira e construção de identidades na cidade de São Paulo. Opus, v. 25, 2019, p. 308-335.
CAMARGOS. Márcia. Villa Kyrial: crônica da belle époque paulistana. São Paulo: Senac, 2001.
CARELLI, Mario. Carcamanos e comendadores: os italianos de São Paulo, da realidade à ficção (1919-1930). São Paulo: Ática, 1985.
COLI, Juliana M. “O negócio da arte: as influências da gestão e organização italiana na ópera lírica em São Paulo”. Opus, v.22, n.2, dez. 2016, p. 173-192.
CONTIER, Arnaldo Daraya. “Chico Bororó Mignone”. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 42, 1997, p. 11-29
IKEDA, Alberto. “Os italianos e a música em São Paulo”. O Estado de S. Paulo, 07/01/1989, p. 6-7.
MACHADO, Antônio de Alcântara. Brás, Bexiga e Barra Funda. São Paulo: Papagaio, 2012.
_________. Palcos em foco: crítica de espetáculos. Pesq, org. e intr. Cecília de Lara. São Paulo: Edusp, 2009.
SANTOS, Carlos José Ferreira dos. Nem tudo era italiano: São Paulo e pobreza, 1890-1915. São Paulo: Annablume, 1998.
SILVEIRA, Miroel. Contribuição italiana ao teatro brasileiro. São Paulo: Quiron, 1976.
SORBA, Carlotta. “The origins of the entertainment industry: the operetta in late nineteenth-century Italy”. Journal of Modern Italian Studies, 11:3, 2006, p. 282-302.
TONI, Flavia Camargo. “Uma orquestra sinfônica para São Paulo”. Revista Música, São Paulo, v.6, n.1I2:122-149 maio/novo 1995, p. 122-149.
TRENTO, Angelo. Do outro Lado do Atlântico. São Paulo: Istituto Italiano di Cultura; Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro, 1989.
VENEZIANO, Neyde. De pernas pro ar: o teatro de revista em São Paulo. São Paulo: Imprensa Oficial, 2006.