Projeto quer levar a escolas públicas discussão sobre comida e sustentabilidade

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Ao estudar a tendência de consumo de carne na cidade de São Paulo, a nutricionista Aline Martins de Carvalho percebeu que grande parte da população consumia carne em excesso e que esse hábito estava relacionado a uma dieta de baixa qualidade e alto impacto ambiental. “Quando defendi o mestrado fiquei com uma angústia, porque não queria que isso ficasse apenas na biblioteca”. E assim surgiu a ideia do projeto Dia sem Carne na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, iniciativa que levou o restaurante da unidade a oferecer, uma vez por mês, um cardápio sem carne durante o ano de 2012 – foram servidas cerca de 3 mil refeições sem carne, deixando de emitir quase 20 toneladas de gases de efeito estufa.

A proposta era debater alimentação e contribuir para que a reflexão sobre a comida colocada no prato se estendesse para além da faculdade. A iniciativa ganhou corpo com o apoio de alunos de graduação e pós-graduação e da professora Dirce Maria Lobo Marchioni e hoje renasce com um novo nome: SustentAREA – A Rede Alimentar. O projeto quer trazer uma visão global sobre alimentação, o que envolve toda a cadeia de produção até chegar no consumidor.