A interpretação do que se convencionou chamar de Brasil desafia, não só, cronologias oficiais ou comumente aceitas, como também os aportes trazidos pelos conhecimentos estritamente disciplinares. A multiplicidade de experiências da vida social (em suas diversas dimensões: social, política, cultural, artística e científica), que não respondem a recortes espaciais e temporais pré-determinados, mas pedem espacialidades e temporalidades próprias, demandam também a fluidez entre as fronteiras do saber, reconhecendo a complexificação das interpretações por meio de uma abordagem multidisciplinar que tem permanentemente em conta as tensões e relações de força entre passado, presente e futuro. Narrativas, histórias, representações tornam-se, portanto, objeto e sujeito da diversidade brasileira. Trata-se de estudar as possibilidades de diálogo entre enfoques teóricos, metodológicos e técnicas de pesquisa distintas, no que se refere à interpretação do Brasil e os dilemas de sua inserção internacional.