Os “Acervos do mês de Fevereiro” também possuem sua versão ampliada em podcast (#177) que você pode ouvir aqui.
Aracy Abreu Amaral
São Paulo – SP, nasceu em 22/02/1930
Crítica de arte, curadora, historiadora de arte, jornalista e professora. Graduou-se na Escola de Jornalismo Cásper Líbero da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), em 1959. Em 1969 tornou-se mestre em História da Arte na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (FFCL/USP); em 1975, concluiu seu doutorado na Escola de Comunicação e Artes (ECA/ USP). Dirigiu a Pinacoteca do Estado de São Paulo entre 1975 e 1979 e, de 1982 a 1986, o MAC/USP. Colaborou com diversos jornais e realizou curadorias para exposições no Brasil e exterior. Em 1982, recebeu o prêmio Jabuti pela obra “A Hispanidade em São Paulo”, além de publicar outras obras de relevância, como “As Artes Plásticas na Semana de 22”, desdobramento de seu Mestrado. Outros de seus títulos publicados são: “Tarsila, sua obra e seu tempo” (1975); “Arte para quê?” (1984); “Textos do Trópico de Capricórnio” (2006). Atualmente é professora-titular de História da Arte pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
Fundo Aracy Abreu Amaral
Catálogo disponível para consulta aqui.
Presente também nos fundos e coleções:
Antonio Candido (Arquivo), Coleção Geral (Biblioteca), Gilda de Mello e Souza (Arquivo), Marta Rossetti Batista (Arquivo e Biblioteca) e Waldisa Russio (Arquivo).
Se interessou e gostaria de saber mais?
Escute o episódio 65 – Aracy Amaral e Fred Forest juntos em entrevista no “Show da Manhã”, Radio Jovem Pan 1972, por Paulo J. Moura do canal de podcasts do IEB.
São Paulo – SP, nasceu em 11/02/1907
Historiador e um dos mais importantes pensadores sobre o Brasil, formou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco em 1928. Iniciou a vida política ainda na juventude quando decide se filiar ao recém-formado Partido Democrático. Participou também da Aliança Liberal que apoiou Getúlio Vargas na Revolução de 1930. Em 1934, Caio descobriu a geografia e participou da fundação da Associação dos Geógrafos do Brasil. Insatisfeito com o planejamento político do Partido Democrático, aderiu ao Partido Comunista e passou a pensar e organizar a ideologia do partido junto ao proletariado. Em 1937, o historiador exilou-se na Europa, onde continuou com suas atividades políticas. Retornando ao Brasil em 1939, atuou como militante comunista, sendo eleito, pelo Partido Comunista Brasileiro, em 1945, deputado estadual e, em 1947, deputado constituinte. Porém, em 1948, teve o seu mandato cassado. Autor de dezesseis livros, formou, nos anos 1930, ao lado de Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre, uma corrente renovadora dos estudos sobre a sociedade brasileira. Fundou a editora Brasiliense em 1943, ano em que publicou a sua mais importante obra, “Formação do Brasil Contemporâneo”. Os problemas gerados pelas desigualdades sociais o estimulavam a questionar a realidade do país levando-o a defender a reforma agrária e a reconhecer as diferenças regionais. Sua prática política esteve sempre associada à sua produção intelectual.
Fundo Caio Prado Jr.
O catálogo do arquivo pessoal de Caio Prado Jr. pode ser acessado aqui e de sua biblioteca aqui.
Presente também nos fundos e coleções:
Alice Piffer Canabrava (Arquivo), Alfredo Ellis Jr. (Biblioteca), Antonio Candido (Arquivo), Aracy Abreu Amaral (Arquivo), Coleção Geral (Biblioteca), Ernani Silva Bruno (Arquivo), Gilda de Mello e Souza (Arquivo), Graciliano Ramos (Arquivo), Heitor Ferreira Lima (Arquivo), Hélio Lopes (Biblioteca), José Honório Rodrigues (Arquivo), Juarez Bezerra de Meneses (Biblioteca), Mário de Andrade (Arquivo e Biblioteca), Manuel Correia de Andrade (Arquivo e Biblioteca), Marcello Tupynambá (Arquivo), Marlyse Madeleine Meyer (Arquivo), Marta Rossetti Batista (Arquivo), Milton Santos (Arquivo e Biblioteca), Odette de Barros Mott (Arquivo), Plínio Barreto (Arquivo), Pierre Monbeig (Arquivo e Biblioteca), Raul Andrada e Silva (Biblioteca) e Waldisa Russio (Arquivo).
Se interessou e gostaria de saber mais?
Leia a homenagem “Caio Prado Junior“, por Edgard Carone publicada no nº 32 da Revista do IEB, os artigo “A teoria da história em Caio Prado Jr.: dialética e sentido“, por Jorge Grespan e “Caio Prado Jr. e a história agrária do Brasil e do México“, por Guillermo Palacios y Olivares publicados no nº 47 da Revista do IEB e a documentação “Caio Prado Júnior e Os sertões, de Euclides da Cunha“, por Giovana Beraldi Faviano, Talita Yosioka Collacio, Viviane Vitor Longo, Prof. Dr. Alexandre de Freitas Barbosa e Elisabete Marin Ribas publicada no nº 54 da Revista do IEB.
Escute também os episódios 6 – O pensamento sobre o desenvolvimento no Brasil, 19 – Caio Prado Jr abridor de caminhos e 22 – Caio Prado Jr e as “Diretrizes para uma política econômica brasileira”, todos por Alexandre de Freitas Barbosa do canal de podcasts do IEB.
Lélia Abramo
São Paulo – SP, nasceu em 08/02/1911
Atriz ítalo-brasileira que, com seus irmãos Cláudio e Livio Abramo, teve expressiva presença no campo artístico e político militante de esquerda. Foi uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores e participou ativamente da campanha Diretas Já, que reivindicou eleições diretas para a presidência da República. Participou de vinte peças de teatro, catorze filmes e 27 telenovelas, tendo convivido com grandes nomes do teatro paulista, como Gianfrancesco Guarnieri – com quem estreou nos palcos, em 1958, a peça “Eles não usam black-tie”. Sua militância política custou-lhe a carreira televisiva.
Fundo Lélia Abramo
Documentação em processo de organização. Biblioteca processada e disponível para consulta aqui.
Presente também nos fundos e coleções:
Antonio Candido (Arquivo), Aracy Abreu Amaral (Arquivo), Osman Lins (Arquivo) e Heitor Ferreira Lima (Arquivo).
Se interessou e gostaria de saber mais?
Lélia Abramo escreveu, em 1997, uma autobiografia, intitulada “Vida e Arte: Memórias de Lélia Abramo”. No prefácio do livro, Antonio Candido nos apresenta pilares importantes da obra, sendo o terceiro sua carreira profissional. Sobre isso, o crítico escreve:
“[…] a carreira surpreendente de uma grande artista que marcou o seu tempo e, no entanto, começou a pisar os palcos depois dos 40 anos e só aos 47, como conta, entrou no estágio profissional. Mas com uma força e um brilho que fizeram dela figura eminente na dramaturgia brasileira do nosso tempo. Este aspecto é exposto com veemência, combinando as realizações pessoais com a luta sindical e os dramas da repressão – tudo caracterizado pela integridade de caráter e de atitudes com que atravessou um dos períodos mais sinistros da nossa história.”