Almanack Braziliense n.11

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No final do século XX, duas variáveis históricas ganharam enorme destaque entre as preocupações dos estudiosos: globalização e questão nacional. À semelhança do que ocorreu em outros países, no Brasil este processo também se traduziu numa explosão de encontros acadêmicos, livros e artigos publicados, além de muitas outras reações aos reclamos da perplexidade diante da profundidade de mudanças que subvertiam explicações consagradas, seja acerca do nosso estar no mundo, seja sobre isso de ser brasileiro no contexto da diversidade humana.

Em meio a esse quadro, um grupo de historiadores militando em universidades paulistas, enriquecido a seguir com a adesão de colegas de outras regiões do país, convencido de que globalização e questão nacional são problemas teórico-práticos inseparáveis e de que a compreensão sobre o nosso futuro estar no mundo envolve saber como nos tornamos o que hoje somos, pôs-se de acordo para intervir no debate mediante a investigação da tessitura dos nexos que conferem inteligibilidade à relação estado – nação quando da superação da ordem política e societária do
ancien régime português.

Este processo de interlocução acadêmica, que remonta ao início dos anos noventa, quando foi esboçada uma estratégia de pesquisa orientada pela percepção de que a idéia corrente de, no caso brasileiro, o Estado ser o demiurgo da nação, em absoluto não dá conta da complexidade do fenômeno que pretende sintetizar, viu-se, por iniciativa dos envolvidos, dotado de organicidade e de recursos de pesquisa de qualidade superior com o apoio concedido pela FAPESP ao Projeto Temático A fundação do Estado e da nação brasileiros (c.1780-c.1850), e pelo IEB, onde o Projeto foi instalado.

A rica interlocução proporcionada pelos debates e pesquisas realizadas pelos participantes do referido Projeto levou-nos a criar um novo foro acadêmico de discussão, divulgando esses mesmos debates e pesquisas, e sobretudo à incorporação de contribuições e estudos realizados sobre o tema, tanto no Brasil quanto no exterior. Uma revista eletrônica pareceu-nos a melhor maneira de tentar alcançar esse objetivo. Assim nasceu Almanack Braziliense, que se dedica a tornar públicos os estudos dedicados à história da América portuguesa, a partir de meados do século XVIII, e do Império do Brasil.

As “Resenhas”, como é natural, buscam divulgar as novas publicações, apresentando uma leitura crítica desses mesmos trabalhos. Por fim, há a seção denominada “Periódicos em revista”. Nessa parte, são apresentados pequenos resumos de artigos cujos temas sejam afins às preocupações historiográficas e teóricas que nortearam a criação do Almanack Braziliense, publicados nos últimos números das principais revistas acadêmicas nacionais e estrangeiras.

É possível tanto baixar o conteúdo completo de cada número em pdf (formato Adobe Acrobat) – através do item neste número do menu principal –, quanto cada um dos textos em separado. No caso das seções “Resenhas” e “Periódicos em Revista” os textos podem ser lidos diretamente no próprio site e também baixados separadamente em pdf. No restante das seções apenas os resumos e palavras-chave estão disponíveis diretamente no site. A revista, disponibilizada exclusivamente em meio eletrônico, é de acesso livre, e procura incorporar facilidades de divulgação e busca proporcionadas pela informática. Seu objetivo é alcançar estudiosos e interessados em geral, a despeito de sua situação geográfica e de políticas universitárias de assinatura de periódicos.

OS EDITORES
István Jancsó
Monica Duarte Dantas