Arquivos do Mês – Setembro

Os “Arquivos do mês de setembro” também possuem sua versão ampliada em podcast que você pode ouvir aqui.

Retrato de Waldisa Rússio
Arquivo IEB – USP
Fundo Waldisa Rússio

Waldisa Rússio
São Paulo – SP em 05/09/1935

A museóloga e professora Waldisa Rússio (1935-1990) atuou como funcionária pública do Governo do Estado de São Paulo entre os anos de 1965 e 1990, onde trabalhou ativamente na criação da Secretaria de Estado da Cultura, viabilizando diversos projetos, como o Festival de Inverno de Campos do Jordão e o GTM – Grupo Técnico de Museus. Participou da reorganização administrativa e conceitual do Museu da Casa Brasileira, do Museu de Arte Sacra de São Paulo, do Museu da Imagem e do Som, da Pinacoteca do Estado de São Paulo e da criação do Museu Casa Guilherme de Almeida.
Ao final da década de 1970, criou e organizou Curso de Especialização em Museologia no MASP em parceria com a Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, o primeiro em nível de Pós Graduação no Estado e no País.
Em 1978 foi convidada para integrar o quadro funcional da Secretaria de Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia na qualidade de Coordenadora do Museu da Indústria de São Paulo, onde permaneceu até seu falecimento em 1990.

Fundo Waldisia Rússio
Catálogo disponível para consulta aqui.

Presente também nos fundos:
Aracy Abreu Amaral, Camargo Guarnieri, Edmar Ferretti e Ernani Silva Bruno.

Se interessou e gostaria de saber mais?
Escute também os  episódio 20  e episódio 34 do canal de podcasts do IEB.
Leia os artigos na Revista do IEB  de Viviane Panelli Sarraf  Preservação acesso e preservação no patrimônio cultural- o legado teórico e empírico de Waldisa Rússio Camargo Guarnieri  e de Viviane Panelli Sarraf e  Karoliny Aparecida de de Lima Borges O pensamento intelectual e sua preservação – uma análise a partir do fundo Waldisa Russio Camargo Guarnieri

 

Reprodução de retrato de Pierre Monbeig Arquivo IEB – USP Fundo Pierre Monbeig

Pierre Monbeig
Marissel, França em 15/09/1908

Geógrafo e professor, formou-se em Paris em 1931. Chegou ao Brasil em 1935, contratado pela recém-criada Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, para assumir a cátedra de Geografia Humana, substituindo o professor Pierre Defontaines. Em sua permanência na USP (1935–1946), orientou toda uma geração que se iniciava nos estudos geográficos, estimulando em especial a investigação sobre cidades e áreas de colonização. Com outros professores, criou a Associação dos Geógrafos Brasileiros (1945). Retornou à França em 1946, onde lecionou em várias instituições de ensino, entre elas a Sorbonne. Foi agraciado com vários prêmios e títulos como o da Fundação Nacional de Ciências Políticas de Paris e o Auguste Logerot da Sociedade de Geografia da França. É autor de importante produção bibliográfica, na qual destacam-se “Pioneiros e fazendeiros de São Paulo”, “La croissance de la ville de San Paulo”, “Ensaios de geografia humana brasileira” e “Novos estudos de geografia humana brasileira”.

Fundo Pierre Monbeig
Catálogo disponível para consulta aqui.

Presente também nos fundos:
Antonio Candido, Caio Prado Jr., Ernani Silva Bruno, Fernando de Azevedo, Heitor Ferreira Lima, Manuel Correia de Andrade, Mário de Andrade e Milton Santos.

Se interessou e gostaria de saber mais?
Escute também o episódio número 29 do nosso podcast intitulado Pierre Monbeig e a descompactação de São Paulo,  por Jaime Tadeu Oliveira.

 

Francisco Mignone fotografado atrás de painel de vidro
Arquivo IEB – USP, Fundo Mário de Andrade, código de referência: MA-F-2016

Francisco Mignone
São Paulo, SP – 03/09/1897

Músico e compositor de São Paulo, diplomou-se em 1917 no Conservatório Dramático e Musical com os títulos de flauta, piano e composição. Após bolsa de estudos que o manteve por mais de dez anos afastado do Brasil, radicou-se no Rio de Janeiro onde cultivou a regência e o ensino em escolas públicas e particulares. Ao lado de Oscar Lorenzo Fernandez, por exemplo, participou da fundação do Conservatório Brasileiro de Música, embora ministrasse aulas também na Escola Nacional de Música. Dono de escrita fluida, tanto no campo da música sinfônica quanto no campo da música de câmara, escreveu para canto e piano, assim como para bailados, óperas e trilhas sonoras de filmes. Na vida pública, assumiu a liderança de postos importantes da organização artístico e musical auxiliando na divulgação do repertório brasileiro. De sua obra musical podemos mencionar a ópera O contratador de diamantes e o bailado Maracatu do Chico Rei com a colaboração de Mário de Andrade. A obra autógrafa de Francisco Mignone não pertence ao IEB/USP, tendo sido doada à Divisão de Música da Biblioteca Nacional.

Fundo Francisco Mignone
Documentação em processo de organização e descrição.

Presente também nos fundos:
Camargo Guarnieri e Mário de Andrade.

Se interessou e gostaria de saber mais?
Leia também o artigo de Arnaldo D. Contier na Revista do IEB nº47, disponível aqui.