IEB0238 – A Arte Brasileira nos Decênios de 30 e 40 a partir da Contribuição Italiana do Início do Século

Profa. Virginia de Almeida Bessa

4ª feira | das 09h às 13h

Aulas online – em razão da pandemia de COVID-19, com expectativa de retorno presencial
quando a situação o permitir.

 

Vagas Oferecidas :  25 Alunos Regulares USP ,  05 Alunos Especiais (aluno sem vínculo com a USP) , 05 Alunos do Programa UPS 60 +

 

Programa para o 1ºsemestre/2021:

Objetivos

Identificar e problematizar a contribuição italiana ao teatro e à música brasileiros. A disciplina se limitará ao questionamento da cena teatral e musical paulista dos decênios de 30 e 40.

Conteúdo:

Parte I – Teatro

  1. São Paulo no início do século XX: imigração italiana, transformações urbanas e a gênese de uma “sociedade do espetáculo”
  2. O tipo italiano no teatro popular musicado
  3. Ópera e opereta na cidade de São Paulo
  4. A sceneggiata e a “canção encenada”
  5. Nino Nello e a comédia de costumes ítalo-brasileira

Parte II – Música

  1. Os italianos e o mercado da música em São Paulo
  2. Contribuição italiana à profissionalização dos músicos e à formação de orquestras
  3. Mário de Andrade versus Armando Belardi: políticas culturais para a música em São Paulo
  4. Francisco Mignone, o italianismo e a música brasileira.

Método

Aulas expositivas; leituras programadas; análise de documentos (textuais, visuais e sonoros).

Avaliação

Participação de seminários de discussão de textos e/ou documentos; prova individual escrita.

Bibliografia

ANDRADE, Mário de. Música, doce música. São Paulo: Martins, 1976.

BANANÈRE, Juó (Alexandre Marcondes Machado). La divina increnca. São Paulo: Ed. 34, 2001.

BELARDI, Armando. Vocação e arte: memórias de uma vida para a música. São Paulo: Ed. Manon, 1986.

BESSA, Virgínia de Almeida. “A Política do silêncio: Mário de Andrade, o teatro musicado e a presença estrangeira na São Paulo dos anos 1920 e 1930”. Revista de História, 179, 2020, p. 1-33.

_____. Do palco ao disco: música caipira e construção de identidades na cidade de São Paulo. Opus, v. 25, 2019, p. 308-335.

CAMARGOS. Márcia. Villa Kyrial: crônica da belle époque paulistana. São Paulo: Senac, 2001.

CARELLI, Mario. Carcamanos e comendadores: os italianos de São Paulo, da realidade à ficção (1919-1930). São Paulo: Ática, 1985.

COLI, Juliana M. “O negócio da arte: as influências da gestão e organização italiana na ópera lírica em São Paulo”. Opus, v.22, n.2, dez. 2016, p. 173-192.

CONTIER, Arnaldo Daraya. “Chico Bororó Mignone”. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 42, 1997, p. 11-29

IKEDA, Alberto. “Os italianos e a música em São Paulo”. O Estado de S. Paulo, 07/01/1989, p. 6-7.

MACHADO, Antônio de Alcântara. Brás, Bexiga e Barra Funda.  São Paulo: Papagaio, 2012.

_________. Palcos em foco: crítica de espetáculos. Pesq, org. e intr. Cecília de Lara. São Paulo: Edusp, 2009.

SANTOS, Carlos José Ferreira dos. Nem tudo era italiano: São Paulo e pobreza, 1890-1915. São Paulo: Annablume, 1998.

SILVEIRA, Miroel. Contribuição italiana ao teatro brasileiro. São Paulo: Quiron, 1976.

SORBA,  Carlotta. “The origins of the entertainment industry: the operetta in late nineteenth-century Italy”. Journal of Modern Italian Studies, 11:3, 2006, p. 282-302.

TONI, Flavia Camargo. “Uma orquestra sinfônica para São Paulo”. Revista Música, São Paulo, v.6, n.1I2:122-149 maio/novo 1995, p. 122-149.

TRENTO, Angelo. Do outro Lado do Atlântico. São Paulo: Istituto Italiano di Cultura; Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro, 1989.

VENEZIANO, Neyde. De pernas pro ar: o teatro de revista em São Paulo. São Paulo: Imprensa Oficial, 2006.