Professora Silvana de Souza Ramos
Objetivos:
O curso percorre reflexivamente as aparições de Makunaîma na cultura brasileira. Desde o depoimento colhido por Koch-Grünberg, na viagem ao norte do Brasil, entre 1911 e 1913, até sua apreensão por Mario de Andrade, expressa pela publicação de Macunaíma, em 1928, obra devidamente consagrada pelo trabalho crítico de Gilda de Mello e Souza. Não menos importante, e ainda sob a condução de Gilda, buscaremos interpretar a história do mito em suas aparições no cinema, no teatro e nas artes plásticas, até chegarmos ao retorno do mito às suas origens, por meio do estudo da cosmologia de Jaider Esbell, neto de Makunaîma, responsável pela construção da ideia de arte indígena contemporânea.
Justificativa:
A disciplina aborda a construção da imagem do Brasil de forma contemporânea e transdisciplinar. Assim, ela se conforma à proposta do programa multidisciplinar de Pós-Graduação em “Culturas e Identidades Brasileiras” e com a área de concentração em “Estudos Brasileiros”.
Conteúdo:
1. Koch-Grünberg (Do Roraima ao Orinoco: Resultados de uma viagem no norte do Brasil e na Venezuela nos anos de 1911 a 1913)
2. Mario de Andrade (Macunaíma. Um herói sem nenhum caráter: 1926)
3. Manuel Cavalcanti Proença (Roteiro de Macunaíma: 1955)
4. Joaquim Pedro de Andrade (Macunaíma: 1969)
5. Haroldo de Campos (Morfologia de Macunaíma: 1973)
6. Antunes Filho (Macunaíma: 1978)
7. Gilda de Mello e Souza (O Tupi e o Alaúde: 1979)
8. Jaider Esbell (Makunaîma na Bienal de São Paulo – 2022)