A Revista Nitheroy (1836) e a Revista do IHGB (1839) constituem, na primeira metade do século XIX, dois poderosos instrumentos de aparelhamento do Estado no que concerne a definição de suas políticas culturais e a institucionalização da historiografia nacional. Se a primeira erige os alicerces da identidade do Estado na esfera da política externa, e apresenta-se como documento de intenções diplomáticas do Império, a segunda define-se como porta-voz da política interna do Estado monárquico, ao repertoriar os textos fundadores da História do país. Ambos os periódicos, responsáveis pela formação de uma identidade nacional na historiografia, consolidam o poder de Pedro II, e representam o êxito de um projeto da elite política para um Estado Imperial forte, estável, e centralizado.
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