Acervos do mês – Janeiro

Os “Acervos do mês de Janeiro” também possuem sua versão ampliada em podcast que você pode ouvir aqui.

Referência: Fotografia do Barão de Itararé, ao lado de Abguar Bastos e Graciliano Ramos, no IV Congresso dos Escritores, em Porto Alegre – RS, setembro de 1951.
Arquivo IEB – USP, Fundo Graciliano Ramos, código de referência: GR-F12-017.

Barão de Itararé (Aparício Fernando de Brinkerhoff Torelly)
Rio Grande – RS, nasceu em 29/01/1895

Jornalista, escritor e pioneiro do humorismo político brasileiro, Aparício Fernando de Brinkerhoff Torelly era o nome do chamado Barão de Itararé, também conhecido por Apporelly. Em 1925, mudou-se para o Rio de Janeiro, já famoso no campo jornalístico. Trabalhou no jornal O Globo e n’ A Manhã. Foi neste jornal, panfletário e de marcado teor político, que surgiu o personagem que lhe nomeava. Os temas políticos do período inspiraram o jornalista a criar o personagem, satirizando os problemas criados pela administração da época. Na mesma linha do periódico de Mário Rodrigues, o Barão de Itararé lança seu próprio jornal intitulado A Manhã. Editou também o Almanaque – o Almanaque d’A Manha.

Fundo Barão de Itararé
Documentação em processo de organização.

Presente também nos fundos e/ou coleções:
Caio Prado Júnior, Coleção Geral (Biblioteca), Fundo IEB, Graciliano Ramos, Marlyse Madeleine Meyer, Documentação Avulsa (Arquivo)

Se interessou e gostaria de saber mais?
Leia o artigo “Um nobre bufão no reino da grande imprensa: a construção da personagem Barão de Itararé na paródia jornalística do semanário A Manha (1926-1935)”, de Rodrigo Jacobus e Cida Golin. Disponível aqui.
E a tese “Quem não chora não mama! Panorama do design gráfico brasileiro através do humor 1837-1931”, de José Carlos Mendes André, disponível aqui.

Referência: Avenida São João, onde se vê o Prédio do Banespa ao centro e Edifício Martinelli, à direita.
Arquivo IEB – USP, Coleção Cidade de São Paulo, código de referência: CIDSP018.

Cidade de São Paulo
Comemoração da fundação da cidade de São Paulo, em 25/01/1554

No dia 25 de janeiro comemora-se o aniversário da cidade de São Paulo, data de sua fundação, em 1554. Fundada por missões jesuítas em aldeamentos indígenas, a cidade se desenvolveu ao longo dos últimos quatro séculos tornando-se a capital mais populosa do Brasil e ocupa fundamental posição econômica e cultural no cenário nacional e internacional. O desenvolvimento da lavoura cafeeira nos séculos XIX e XX, o início da industrialização, a imigração em massa e a migração, principalmente durante a década de 1970, são fatores importantes para a compreensão de seu processo formativo. A expansão da cidade expressou-se na construção de bairros, indústrias e em sua notável multiculturalidade.

A cidade de São Paulo está presente em muitos dos acervos do IEB. Destaque para:

  • Coleção Cidade de São Paulo
    Rica coleção de fotografias da cidade que é retratada entre o fim do século XIX e início do século XX . Mais informações sobre a coleção estão disponíveis aqui.
    Catálogo disponível para consulta aqui.
  • Fundo Caio Prado Jr.
    A cidade de São Paulo faz-se presente na biblioteca e no arquivo pessoal de Caio Prado Jr., seja como cenário de cartas trocadas, seja em interesses de pesquisa do historiador. Destaque para as curiosidades presentes no Dossiê História do Esporte em São Paulo, disponível aqui.
    Mais informações sobre o fundo aqui.
    Catálogo disponível para consulta aqui e para a biblioteca aqui.
  • Fundo Ernani Silva Bruno
    Jornalista e historiador de vários temas, tem pesquisas e publicações dedicadas à história, cultura e tradições da cidade de São Paulo, além de uma vasta coleção de livros e periódicos a esse respeito.
    Mais informações sobre o fundo aqui.
    Catálogo disponível para consulta aqui e para biblioteca aqui.

Se interessou e gostaria de saber mais?
Leia os artigos na Revista do IEB de Sérgio Buarque de Holanda, “Movimentos da População em São Paulo no século XVIII”, de Oliveira Ribeiro Neto, “Os Primeiros Teatros de São Paulo”, e, ainda, de Eva Alterman Blay, “Trabalho, família e classes sociais em São Paulo”.
Além disso, confira os dossiês sobre a Cidade de São Paulo nas Revistas do IEB de número 64 e número 65.
Escute também o episódio 096 – Os imigrantes japoneses e seus descendentes em São Paulo 1908-1941, por Lia Cazumi Yokoyama Emi do canal de podcasts do IEB.

Referência: Retrato de Gumersindo Bessa, retirado do livro Gumersindo Bessa, de João Dantas Martins do Reis, 1958.
Arquivo IEB – USP, Coleção Gumersindo Bessa, código de referência: GB-036

Gumersindo de Araújo Bessa
Estância – SE, nasceu em 02/01/1859

Advogado, bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Recife. Em Sergipe, foi promotor público, juiz de casamentos, desembargador e presidente do Tribunal de Apelação do Estado. Exerceu também a função de chefe de polícia. Elegeu-se deputado provincial por Sergipe. Com a Proclamação da República, compôs a Assembléia Constituinte e apresentou um projeto de constituição que foi aprovado. Foi deputado federal entre 1909 e 1911. Um dos feitos que mais o consagrou foi a brilhante defesa jurídica na questão fronteiriça do Acre com o estado do Amazonas, quando o Acre, após um acordo internacional, fora incorporado ao Brasil. Colaborou em vários jornais e escreveu alguns livros, destacando-se “O que é o Direito”.

Coleção Gumersindo Bessa
Documentação em processo de organização.

Curiosidade:
A origem da expressão “à beça” é atribuída a Gumersindo Bessa, pelos muitos argumentos utilizados por ele enquanto jurista! Confira aqui!

Se interessou e gostaria de saber mais?
O autor João Dantas Martins dos Reis escreveu uma biografia da vida de Bessa, sob o título “Gumersindo Bessa: Apontamentos sobre sua vida”.