Acervos do mês – Novembro

Os “Acervos do mês de novembro” também possuem sua versão ampliada em podcast que você pode ouvir aqui.

Valdomiro Silveira, ao centro ao lado de José Joaquim Cardoso de Melo Neto, [1937]. Arquivo IEB – USP, Fundo Valdomiro Silveira

Valdomiro Silveira
Cachoeira – SP, em 11/11/1873

Escritor, foi promotor público, advogado, jornalista, secretário da Educação, deputado estadual, vice-presidente da Constituinte Paulista e contista regional, fixando os costumes e tradições paulistas. Como escritor, dedicou-se a retratar o caboclo a partir da observação de seus costumes. Publicou, dentre outros “Os caboclos” (1920), “Nas serras e nas furnas” (1931) e “Mixuangos” (1937).

Fundo Valdomiro Silveira
Documentação em processo de organização.

Presente também nos fundos e coleções:
Alfredo Ellis Jr. (Biblioteca), Antonio Candido (Arquivo), Caio Prado Júnior (Arquivo), Coleção Geral (Biblioteca), Ernani Silva Bruno (Biblioteca), Fundo IEB (Arquivo), Graciliano Ramos (Arquivo), Hélio Lopes (Biblioteca), João Guimarães Rosa (Arquivo), Lino Moreira (Arquivo), Lupe Cotrim Garaude (Arquivo), Mário de Andrade (Arquivo e Biblioteca), Marlyse Madeleine Meyer (Arquivo), Osman Lins (Arquivo), Plínio Barreto (Arquivo) e Raul de Andrada e Silva (Biblioteca).

Se interessou e gostaria de saber mais?
Leia o artigo Amor, medo e salvação: aproximações entre Valdomiro Silveira e Guimarães Rosa, por Suzi Frankl Sperber publicado na Revista do IEB nº 41, disponível aqui.
Consulte também a DRP023: “Paixão de Raiz: Valdomiro Silveira e o Regionalismo” com textos inéditos em livro, recolhidos e organizados por Carmen Lydia de Souza Dias (1980), em sua pesquisa para a tese de doutoramento em Literatura Brasileira, orientada pela Profa. Dra. Telê Porto Ancona Lopez. Essa pesquisa em três volumes contém 229 textos transcritos entre contos, crônicas, artigos de jornais, poemas e oratória, além de dois rolos de microfilmes contendo a produção jornalística do escritor bem como seus estudos e cadernos de pesquisa.

Referência: Foto em grupo, da esquerda para a direita: Hebel Quintela, Valdemar Cavalcante, Graciliano Ramos, Aloísio Branco, Raquel de Queiroz, José Auto.
Data: 01/01/1931
Arquivo IEB – USP, Fundo Graciliano Ramos, código de referência: GR-F13-005

Raquel de Queiroz
Fortaleza – CE, em 17/11/1910

Famosa romancista, cronista, contista e dramaturga brasileira. Começa a colaborar para o jornal “O Ceará” em 1927 e em 1930 publica seu primeiro romance “O Quinze” com apenas 20 anos, considerado um marco na literatura regionalista lhe rendendo o prêmio da Fundação Graça Aranha em 1931. Engajada politicamente, escreve seu segundo romance em 1932, “João Miguel”, que acarreta em uma experiência frustrante por ter sido censurado pelo Partido Comunista do qual havia se vinculado. No ano seguinte, participa do grupo trotskista de Mário Pedrosa e quatro anos depois é detida pela acusação de subversão, resultando no romance de 1937, “Caminho das Pedras”. Dois anos depois, em 1939, publica o quarto romance “As Três Marias” e dedica-se à carreira jornalística no Rio de Janeiro escrevendo crônicas para os periódicos “Diário de Notícias”, “Última Hora” e “Jornal do Commercio”. Em 1950 publica na revista “O Cruzeiro” os capítulos do folhetim “O Galo de Ouro”, entretanto, é na década de 1950 em que se destaca com a produção dramática escrevendo as aclamadas peças “Lampião” (1953) e “Maria do Egito” (1957). Seu retorno ao romance se daria apenas no ano de 1975 com a publicação de “Dora Doraldina” e dois anos depois, em 1977, torna-se a primeira mulher a integrar a Academia Brasileira de Letras. Em 1993 publica “Memorial de Maria Moura” e recebe o Prêmio Camões.

Coleção Raquel de Queiroz
Os documentos que compõem a coleção, são, predominantemente, o dossiê genético da obra “Memorial de Maria Moura” e encontra-se em processo de organização e descrição.

Presente também nos fundos e coleções:
A Produção Jornalística de Mário de Andrade – DRP019 (Arquivo), Antonio Candido (Arquivo), Aracy Abreu Amaral (Arquivo), Aracy de Carvalho Guimarães Rosa (Arquivo), Arquivos Implacáveis, de João Condé – DRP038 (Arquivo), Caio Prado Júnior (Arquivo), Camargo Guarnieri (Coleção de Artes), Carlos Alberto Passos (Arquivo), Coleção Geral (Biblioteca), Ernani Silva Bruno (Arquivo e Biblioteca), Fundo IEB (Arquivo), Gilda de Mello e Souza (Arquivo), Graciliano Ramos (Arquivo e Biblioteca), Hélio Lopes (Biblioteca), João Guimarães Rosa (Arquivo e Biblioteca), José Honório Rodrigues (Arquivo e Biblioteca), Juarez Bezerra de Meneses (Biblioteca), Literatura Popular – Cordel – Gilmar de Carvalho (Arquivo), Literatura Popular – Cordel – IEB (Arquivo), Lupe Cotrim Garaude (Arquivo), Mário de Andrade (Arquivo, Biblioteca), Marlyse Madeleine Meyer (Arquivo), Martha e Érico Stickel (Biblioteca), Milton Santos (Arquivo), Odette de Barros Mott (Arquivo), Oswald de Andrade (Arquivo), Videoteca – IEB (Arquivo), Vozoteca – LEK (Arquivo), Xilógrafos do Juazeiro – Geová Sobreira (Arquivo) e Yan de Almeida Prado (Biblioteca).

Se interessou e gostaria de saber mais?
Leia o artigo “Mário de Andrade, Rachel de Queiroz e Mary Pedrosa cantam para Lorenzo Dow Turner” por Flávia Camargo Toni publicado na Revista do IEB nº 61 , disponível aqui.

“A obra aqui selecionada tem duplo significado. Ela remete a Leandro Gomes de Barros, ao mesmo tempo em que ela vem homenagear nosso grande amigo e poeta da Literatura de Cordel, Arievaldo Viana, que nos deixou neste triste ano de 2020. Ele estará para sempre referenciado em nosso acervos dedicados à Literatura de Cordel e em nossos corações.”
Referência:
Capa do livro “Leandro Gomes de Barros: o mestre da Literatura de Cordel – Vida e Obra”
Autor: Arievaldo Viana
Arquivo IEB – USP, Biblioteca de referência: BIB-REF-0491

Dia do Poeta de Cordel
19 de novembro

No dia 19 de novembro comemora-se o dia do poeta de cordel, mesma data em que se comemora o aniversário de Leandro Gomes de Barros, considerado o primeiro escritor brasileiro de literatura de Cordel, além de carregar também o título de ser o maior poeta popular do Brasil. Tendo um nome de peso como esse para poder carregar seu legado, o poeta de cordel tem a importante missão de compor através de seus versos e rimas uma literatura absorta em elementos culturais fortemente brasileiros que relatam o cotidiano, episódios históricos, temáticas religiosas e folclóricas de forma que contribua para o fortalecimento das identidades regionais, bem como da literatura nacional. Além disso o poeta de cordel tem um papel fundamental na difusão de notícias, uma vez que a leitura dos folhetos atinge, em muitos lugares, camadas da população menos favorecidas fomentando o hábito da leitura e consequentemente combatendo o analfabetismo e promovendo a transmissão da sabedoria popular.

Coleções do IEB dedicadas à Literatura Popular – Cordel

  • Literatura Popular – Cordel – Flávio Motta
    Catálogo disponível para consulta aqui.
  • Literatura Popular – Cordel – Gilmar de Carvalho
    Catálogo disponível para consulta aqui.
  • Literatura Popular – Cordel – IEB
    Catálogo disponível para consulta aqui.
  • Literatura Popular – Cordel – José Saia Neto
    Catálogo disponível para consulta aqui.
  • Literatura Popular – Cordel – Ruth Brito Lemos Terra
    Catálogo disponível para consulta aqui.
  • Literatura Popular – Cordel – SESC Juazeiro
    Catálogo disponível para consulta aqui.

Presente também nos fundos e coleções:
Antonio Candido (Arquivo), Aracy Abreu Amaral (Arquivo), Casa da Criança de Olinda – Giuseppe Bacaro (Arquivo), Cultura Popular – Coleção Maria Thereza Lemos de Arruda Camargo (Arquivo), Graciliano Ramos (Arquivo), José Aderaldo Castello (Arquivo), José Honório Rodrigues (Arquivo), Mário de Andrade (Arquivo), Marlyse Madeleine Meyer (Arquivo), Theon Spanudis (Arquivo) e Xilógrafos do Juazeiro – Geová Sobreira (Arquivo).

Se interessou e gostaria de saber mais?
Escute também o episódio número 29 do nosso podcast intitulado “Narrativas entrelaçadas: a literatura de cordel na Feira Central de Campina Grande (1950 – 1970)”, por Milla Pizzignacco, disponível aqui.
O episódio de número 66 é narrado por Mariana Ananias e conta a história de Chica Barrosa, sob o título “Chica Barrosa: uma violeira negra no sertão oitocentista”. Ele está disponível aqui.
Leia as resenhas “Seleções de Cordel”, por Luiz Mott, disponível aqui e “Lessa, Orígenes – Getúlio Vargas na literatura de cordel”, por Bráulio do Nascimento, disponível aqui,  publicados na Revista do IEB nº 10 e 17 respectivamente.
Leia também o artigo “Almanaques de cordel: do fascínio da leitura para a feitura da escritura, outro campo de pesquisas”. por Rosilene Alves de Melo, publicado na Revista do IEB nº 52, disponível aqui.
Veja os vídeos em nosso Canal no Youtube: [IEB] – Literatura de Cordel, disponível aqui.