Defesa de Dissertação de Mestrado de Klécia Gili Massi

No dia 26 de abril de 2024, sexta-feira, às 09h, será realizada  a Defesa de Dissertação de Mestrado da pós-graduanda Klécia Gili Massi sob a orientação do Prof. Dr.   Fernando Augusto Magalhaes Paixão  intitulada “A terra desmatada e adubada com sangue: a ótica ambiental e agrária em Jorge Amado”

 

RESUMO:

Este estudo analisa nas obras Terras do Sem-Fim, São Jorge dos Ilhéus e Seara Vermelha, do escritor Jorge Amado, a relação entre a degradação do meio ambiente e os conflitos no campo. Para isso, verificam-se a presença de aspectos descritivos da degradação do meio ambiente relacionados aos cacauais nas obras estudadas; a presença de aspectos descritivos dos conflitos pela terra e da degradação das condições de vida do camponês relacionados aos cacauais nas obras estudadas; e estabelece-se uma relação entre ambos os aspectos ambientais e agrários nas obras.
Os registros documentários presentes na trilogia escolhida servem de objeto de análise a este estudo. Assim, a metodologia empregada é qualitativa com procedimentos de pesquisa bibliográfica. As três obras foram lidas e diversos aspectos da descrição da degradação do meio ambiente, dos conflitos pela terra e suas inter-relações foram transcritos e criticamente analisados. As duas primeiras hipóteses de trabalho foram corroboradas, ou seja, de que os textos apresentam aspectos da descrição da degradação do meio ambiente e dos conflitos pela terra relacionados aos cacauais. A terceira hipótese foi parcialmente corroborada, uma vez que alguns pontos dos romances constituem paralelos entre a questão agrária e ambiental, enquanto outros não. Na trilogia Terras do Sem-Fim, São Jorge dos Ilhéus e Seara Vermelha o escritor parte do modo de exploração da terra semifeudal, passa pelo capitalismo do agronegócio, pelos exportadores e financiadores, que representam os grandes grupos econômicos, capitalistas que “modernizariam” a agricultura e vai em direção à reforma agrária, como modelo de futuro ao país.

 

Onde: Instituto de Estudos Brasileiros/Edifício Brasiliana  – Sala 07 – Defesas – 2º andar

Quando: 26 de abril, sexta-feira, às 09h.