Acervos do mês – Abril

 

Os “Acervos do mês de Abril” também possuem sua versão ampliada em podcast (#) que você pode ouvir aqui.

 

Página que apresenta mapa sobre o Rio Tietê, na cidade de São Paulo, presente no códice de número 30. Arquivo IEB – USP, Coleção Alberto Lamego, código de ref.: AL-030

Alberto Lamego

Itaboraí – RJ – nasceu em 9/04/1896

O colecionador Alberto Frederico de Morais Lamego cursou, durante três anos, a Faculdade de Direito de Recife, mas foi em São Paulo que se bacharelou em Ciências Jurídicas e Sociais em 1892. Instalou-se na cidade de Campos de Goitacazes (RJ), onde constituiu família, advogou, exerceu cargos federais e colaborou em jornais. Em 1906, partiu em viagem para a Europa onde viveu durante catorze anos na França, Bélgica e Portugal. Frequentou arquivos na Europa, onde fez cópias de documentos relativos à história do Brasil. Em leilões e livrarias, adquiriu obras raras que deram origem à sua coleção brasiliana. Ao retornar da Europa, instalou-se em sua casa Solar dos Airizes, na planície Goitacá. Entre suas publicações destacam-se: A Terra Goitacá a luz de documentos inéditos (Paris, 1913), Autobiografia e inéditos de Cláudio Manuel da Costa (Paris, 1919), Verdadeira notícia do aparecimento da milagrosa imagem de N. S. da Conceição que se venera na cidade de Cabo Frio (Paris, 1919), A Academia Brasílica dos Renascidos, sua fundação e trabalhos inéditos (Paris, 1923), Mentiras históricas, Verdadeira notícia da fundação da Matriz de São Salvador e de seus párocos de 1652 a 1925. Foi membro da Sociedade Portuguesa de Estudos Históricos e da Academia Fluminense de Letras. Sua coleção foi adquirida em 1935 pelo Governo do Estado de São Paulo e entregue à USP. Em 1968, foi transferida ao IEB.

 

 

Coleção Alberto Lamego

Catálogo disponível para consulta aqui.

 

Presente também nos  seguintes fundos e coleções do IEB:

Fundo Antonio Candido

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

Fundo Caio Prado Jr.

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

 

Fundo Mário de Andrade

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

 

Se interessou e gostaria de saber mais?

Leia os seguintes artigos na Revista do IEB:

Revista: Revista do IEB No. 26
Título: Inventário analítico dos manuscritos da coleção Lamego de Arlinda R.Nogueira, Heloísa L. Bellotto e Lucy M. Hutter
Data: 1986
Autor: Rosemarie Erika (Rogge) Horch

 

Revista: Revista do IEB No. 49
Título: O manuscrito do Catálogo do Colégio Jesuítico de Santo Alexandre em Belém do Grão–Pará (1720) da Coleção Lamego do arquivo do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP)
Data: 2009
Autor: Renata Maria de Almeida Martins

 

Referência: Retrato do professor Roger Bastide, [entre 1939 e 1945]. Arquivo IEB – USP, Fundo Antonio Candido, código de ref..: AC-F031-004

Roger Bastide

Nîmes – França, nasceu em 1º/04/1898

Roger Bastide nasceu na França e em 1938 veio, com outros professores europeus, à recém-criada Universidade de São Paulo para ocupar a cátedra de sociologia. Formou uma geração de intelectuais brasileiros, como Gilda de Mello e Souza e Antonio Candido, cujos arquivos pessoais também estão presentes no acervo do IEB.

No Arquivo do IEB contamos com documentação resultante de pesquisa dedicada à coleta da produção de Roger Bastide, que reflete sua abertura para a cultura brasileira, com a pluralidade de temas de seu interesse que vão desde as religiões presentes no Brasil, passando pela culinária e festejos, além de inúmeros outros recortes. Sob o título DRP 020 – A produção intelectual de Roger Bastide, o levantamento contém artigos, resenhas, apostilas, cursos, conferências e livros de Roger Bastide, todos fotocopiados, abrangendo um período que vai 1920 a 1978. Tal levantamento e pesquisa foi realizada por Charles Beylier e doada ao IEB em 1978.

 

 

 

DRP020 – A Produção Intelectual de Roger Bastide.

Catálogo disponível para consulta aqui.

 

Veja mais informações sobre a DRP em: Guia do IEB, publicado em 2010.

 

Presente também nos  seguintes fundos e coleções do IEB:

Fundo Antonio Candido

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

Fundo Gilda de Mello e Souza

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

Fundo Mário de Andrade

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

Se interessou e gostaria de saber mais?

Leia os seguintes artigos na Revista do IEB:

 

Revista: Revista do IEB No. 15
Título: Homenagem a Roger Bastide
Data: 1974
Autor: Maria Isaura Pereira de Queiroz

 

Revista: Revista do IEB No. 17
Título: Roger Bastide – Estudos afro-brasileiros
Data: 1975
Autor: Terezinha Maria Bravo
Páginas: 070 a 072

Revista: Revista do IEB No. 18
Título: Roger Bastide e Florestan Fernandes – Brancos e negros em São Paulo
Data: 1976
Autor: Marineide do Lago Salvador dos Santos

 

Mário Chamie e sua filha, Lina Chamie, [1960]. Retrato cedido gentilmente por Lina Chamie.

Mario Chamie

Cajobi – SP, nasceu em 1º/04/1933

O poeta e crítico Mario Chamie estudou na faculdade de Direito da USP, tendo se formado em 1956. Na década de 1950 participou do movimento de poesia concreta até o início 1961, quando cria o movimento da poesia-práxis. A partir de 1963 apresenta uma série de conferências internacionais sobre a Nova Literatura Brasileira em países da Europa e Oriente Médio. No ano de 1964 faz palestras sobre os problemas da vanguarda artística em universidades norte americanas. Entre 1979-1983 é Secretário Municipal da Cultura, período em que inaugura o Centro Cultural São Paulo e reorganiza a Pinacoteca Municipal. Em 1994 faz o doutorado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e em 2004 tornou-se professor titular de Comunicação Comparada na ESPM. Durante sua vida recebeu diversos prêmios literários e publicou mais de 140 trabalhos entre livros de poesia, ensaios, etc. Seus poemas foram publicados em inglês, francês, italiano, espanhol, alemão, árabe e tcheco. Mario Chamie faleceu em 3 de julho de 2011.

 

Fundo Mario Chamie
Documentação em processo de organização.

 

Presente também nos  seguintes fundos e coleções do IEB:

Fundo Emilie Chamie

Documentação em processo de organização.

 

Fundo Antonio Candido

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

Fundo Aracy Abreu Amaral

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

Fundo Odette de Barros Mott

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

Fundo Theon Spanudis

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

Fundo Waldisa Russio 

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

Se interessou e gostaria de saber mais?

Recomendamos a leitura do livro Lavra lavra, de Mário Chamie.

Também sugerimos a leitura do artigo de Adilson Citelli, chamado, Mário Chamie: o poeta em busca de novas formas de comunicação, publicado na revista Comunicação & Educação e disponível aqui

 

 

Reprodução de pintura de Monteiro Lobato. Arquivo IEB – USP, Coleção Lino Moreira, código de referência: LM-F-P2-20.

Monteiro Lobato

Taubaté – SP, nasceu em 18/04/1882

José Bento Renato Monteiro Lobato foi escritor, ensaísta e editor, sendo um dos mais conhecido escritores de livros infantis, criador de personagens inesquecíveis como a boneca Emília, o Visconde de Sabugosa, Dona Benta, Tia Anastácia, Narizinho e Pedrinho, todos habitantes do Sítio do Picapau Amarelo. Escreveu também contos onde apresentava personagens como o caipira Jeca Tatu e criticava o atraso das pequenas cidades do interior. Foi um polemista, publicando críticas ao movimento da arte moderna, à exploração do petróleo e a política dos governos de Getúlio Vargas e de Eurico Gaspar Dutra.

Teve destacado papel na história da editoração brasileira ao criar em 1920 a editora Monteiro Lobato & Cia., depois chamada de Companhia Editora Nacional.

Monteiro Lobato faleceu em 4 de julho de 1948 aos 66 anos.

 

 

Coleção Monteiro Lobato

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

Presente também nos  seguintes fundos:

Fundo Raul de Andrade e Silva 

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

Fundo Caio Prado Jr. 

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

Se interessou e gostaria de saber mais?

Recomendamos a visita à exposição virtual chamada “Uma menina centenária: 100 anos de Narizinho Arrebitado”, de curadoria de Gabriela Pellegrino Soares e Patrícia Tavares Raffaini, organizada pela BBM – USP. A mostra conta com documentos de Lobato que fazem parte do acervo do IEB.

 

 

Retrato de Fernando de Azevedo. Arquivo IEB – USP, Fundo Fernando de Azevedo, código de referência: FA-F-020.

Fernando de Azevedo

São Gonçalo do Sapucaí – MG, nasceu em 02/04/1894

Fernando de Azevedo foi educador, crítico, ensaísta, sociólogo, administrador e jornalista. Foi professor de latim e literatura na Escola Normal de São Paulo, professor de sociologia educacional no Instituto de Educação da USP e catedrático do Departamento de Sociologia e Antropologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, tendo recebido o título de Professor Emérito pela FFLCH-USP.

Desenvolveu amplos estudos sobre a educação, propondo políticas para o aprimoramento do ensino no Brasil. Foi o redator e o primeiro signatário do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (A reconstrução educacional no Brasil), em 1932. Nesse manifesto foram lançadas as bases e diretrizes de uma nova política de educação.

Por sua atuação no campo da educação recebeu vários prêmios como Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras (1943); Cruz de Oficial de Legião de Honra, da França (1947); Prêmio de Educação Visconde de Porto Seguro, conferido pela Fundação Visconde de Porto Seguro, de São Paulo (1964) e Prêmio Moinho Santista (1971) em Ciências Sociais.

Foi Membro da Academia Paulista de letras e da Academia Brasileira de Letras.

Fernando de Azevedo faleceu em São Paulo no dia 18 de setembro de 1974.

 

Fundo Fernando de Azevedo

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

Presente também nos  seguintes fundos e DRPs do IEB:

 Fundo Antonio Candido

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

Fundo Ernani Silva Bruno

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

DRP020 – A Produção Intelectual de Roger Bastide

Catálogo on-line disponível para consulta aqui.

 

Se interessou e gostaria de saber mais?

Ouça o episódio de número 081 do podcast do IEB, chamado “O Acervo Fernando de Azevedo em destaque: relatos de uma investigação”, do professor José Cláudio Sooma Silva.

Veja também a exposição Em defesa da Educação Pública: Fernando de Azevedo (1927 – 1968), sob a curadoria de Diana Gonçalves Vidal, José Cláudio Sooma Silva e Rachel Duarte Abdala, em versão digital no site do IEB, disponível aqui.

 

 

Aracy de Carvalho Guimarães Rosa
Rio Negro – PR, nasceu em 20/04/1908

Retrato de Aracy. Arquivo IEB-USP, Fundo Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, código de referência: ACGR-F-006.

Atuou de maneira significativa durante a Segunda Guerra Mundial quando, ao ocupar posto no Consulado Brasileiro em Hamburgo, auxiliou na fuga de diversos judeus, fornecendo passaportes em segredo e concedendo vistos para o ingresso no Brasil. Foi nesse mesmo período que conheceu o escritor João Guimarães Rosa, que se tornou seu segundo marido. Companheira do escritor durante o tempo de sua maior produção literária, a ela foi dedicado o romance “Grande sertão: veredas”. Em reconhecimento ao valor de seus atos, o Estado de Israel condecorou-a, dando seu nome a um bosque-memorial em 8 de julho de 1982 e incluindo-a no Yad Vashem. É homenageada também no Museu do Holocausto, em Washington.

Fundo Aracy de Carvalho Guimarães Rosa
Catálogo disponível para consulta aqui.
Coleção Guimarães Rosa (inclui livros que pertenceram a Aracy Guimarães Rosa – identificados pela sigla AGR), disponível para consulta aqui.

Presente também nos fundos e coleções:
Fundo IEB (Arquivo) e João Guimarães Rosa (Arquivo).

Se interessou e gostaria de saber mais?
Escute o episódio 60 do Podcast do IEB “Um convite das receitas ao amor: Aracy Guimarães Rosa e seus manuscritos culinários”, por Tânia Biazioli, disponível aqui. Leia também a documentação “A Correspondência do Fundo Aracy de Carvalho Guimarães Rosa”, por Daniel Reizinger Bonomo publicado na Revista do IEB nº 48, disponível aqui. Os filmes “Outro sertão” de Adriana Jacobsen e Soraia Vilela e “Esse viver ninguém me tira” de Caco Ciocler contaram com documentos presentes no Arquivo do IEB e trazem referências à vida de Aracy de Carvalho Guimarães Rosa.