IEB5048 – Celso Furtado Intérprete do Brasil: Trajetória, Método e Obra

Prof. Dr. Alexandre de Freitas Barbosa


Objetivos:

O objetivo do curso é mesclar trajetória, obra e método, de maneira a captar os conceitos e interpretações de Furtado em fluxo, ou seja, partindo da sua historicidade. Parte-se ainda do pressuposto que qualquer perspectiva de “atualização” do seu legado requer a compreensão do seu método histórico-estrutural, de modo a oferecer interpretações alternativas aos desafios vividos pela sociedade brasileira na sua contemporaneidade. Portanto, a ementa combina um mergulho na sua trajetória a partir dos seus “anos de formação”, aproveitando-se da sua obra autobiográfica em três volumes e dos “diários intermitentes”, publicados em 2019. Mas não se detém a avaliar o seu percurso que compreende o doutorado na Sorbonne, a atuação na CEPAL e SUDENE, e depois no Ministério do Planejamento, os anos de exílio como professor em universidades do exterior, e o regresso ao Brasil quando participa da transição democrática e estrutura o Ministério da Cultura. As diversas atividades exercidas por Furtado se nutrem de suas utopias e projetos de transformação do Brasil, que transparecem nas suas obras.

 Conteúdo:

Estrutura
Aula 0 – Apresentação do Curso: Os vários Furtados e o acervo no IEB
Aula 1 – As interpretações do Brasil e Celso Furtado
Aula 2 – O jovem Furtado (1938 a 1948)
Aula 3 – A Cepal, Furtado e o estruturalismo latino-americano
Aula 4 – Furtado e as correntes do pensamento econômico brasileiro
Aula 5 – “Formação Econômica do Brasil” e o método histórico-estrutural
Aula 6 – A SUDENE e a invenção do Nordeste
Aula 7 – Da “Pré-Revolução Brasileira” à “Dialética do Desenvolvimento”
Aula 8 – Os anos do exílio e “O Mito do Desenvolvimento Econômico”
Aula 9 – “Criatividade e dependência”, o antilivro acadêmico
Aula 10 – Para além da economia: pensando a sociedade e a cultura no Brasil
Aula 11 – Furtado e a transição democrática
Aula 12 – O pensador da política
Aula 13 – É possível “atualizar” a perspectiva furtadiana para o Brasil de hoje?